O chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou que "a ameaça russa é real" e manifestou o desejo de transformar as forças armadas alemãs no "maior exército convencional da União Europeia". Em linha com este objetivo, o governo de coligação alemão acordou um "sistema híbrido" de serviço militar, que tornará obrigatório o registo e o exame médico para todos os homens de 18 anos a partir de 2026. Noutra frente, a crescente ameaça de guerra híbrida levou a uma cooperação militar reforçada. A Bélgica, após sofrer repetidas incursões de drones sobre infraestruturas críticas, incluindo o aeroporto de Bruxelas, bases militares e uma central nuclear, solicitou e recebeu apoio de equipas antidrones da Alemanha, França e Reino Unido. O chefe do Comando de Defesa belga, Frederik Vansina, admitiu que o país é alvo de "uma crescente ameaça híbrida" com "fortes indícios de serem orquestradas pela Rússia". O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, associou diretamente as incursões às discussões sobre o uso de ativos russos congelados, interpretando-as como uma tentativa de intimidação por parte de Moscovo.