A França e a Ucrânia assinaram um acordo de cooperação militar de dez anos, descrito pelo Presidente Volodymyr Zelensky como "verdadeiramente histórico", que prevê a aquisição de até 100 caças de combate Rafale F4. O pacto, selado durante a visita de Zelensky a Paris, inclui também o fornecimento de sistemas de defesa aérea SAMP/T, drones, radares e mísseis, representando um reforço substancial e de longo prazo para as forças armadas ucranianas. O encontro entre Zelensky e o Presidente Emmanuel Macron na base aérea de Villacoublay reafirmou o compromisso de Paris com a defesa da Ucrânia. Macron destacou o acordo como "um novo passo em frente" na relação bilateral, enquanto Zelensky afirmou que, com este e outros apoios, a Ucrânia terá "uma das maiores defesas aéreas do mundo".
A aquisição dos Rafale, caças multifuncionais avançados, visa modernizar a força aérea ucraniana, que depende largamente de aeronaves da era soviética, e complementar a futura frota de F-16.
A reação do Kremlin foi de desdém.
O porta-voz Dmitri Peskov declarou que a entrega dos caças "não vai mudar a situação na frente de batalha" e acusou Paris de "alimentar sentimentos militaristas e pró-guerra". Esta visita a França integrou um périplo europeu de Zelensky, que também incluiu a Espanha, onde assegurou um pacote de ajuda militar de 615 milhões de euros, e a Grécia, onde assinou um acordo para a importação de gás natural liquefeito, crucial para enfrentar o inverno face aos ataques russos às infraestruturas energéticas.
Em resumoO acordo para a compra de 100 caças Rafale solidifica a França como um dos principais parceiros militares da Ucrânia, oferecendo a Kiev uma capacidade aérea moderna e um compromisso de segurança a longo prazo. Apesar da desvalorização por parte de Moscovo, o pacto é um sinal político e militar significativo do apoio europeu contínuo à defesa ucraniana.