Esta confirmação marca uma escalada significativa nas capacidades ofensivas de Kiev e a concretização de uma política que Washington hesitou longamente em aprovar.

Num comunicado oficial, o comando militar ucraniano declarou: "As Forças Armadas da Ucrânia utilizaram com sucesso sistemas de mísseis táticos ATACMS para realizar um ataque de precisão contra alvos militares em território russo". A declaração sublinha que "a utilização de capacidades de ataque de longo alcance, incluindo sistemas como o ATACMS, vai continuar", assinalando uma mudança estratégica na condução da guerra por parte de Kiev. A decisão de fornecer e autorizar o uso destes mísseis em solo russo representa uma viragem na política da administração norte-americana. O governo de Joe Biden tinha recusado repetidamente os pedidos ucranianos por receio de uma escalada do conflito, mas a administração de Donald Trump acabou por levantar essas restrições em 2024. Embora a Ucrânia não tenha especificado os alvos atingidos neste ataque confirmado, a Rússia já havia relatado um ataque com ATACMS contra um arsenal na região de Bryansk em novembro de 2024. A confirmação oficial por parte de Kiev serve agora como um aviso a Moscovo de que as suas infraestruturas militares em profundidade já não estão seguras, aumentando a pressão sobre a logística e o comando russo.