A proposta, elaborada sem a participação direta da Ucrânia ou da União Europeia, gerou alarme e intensa pressão diplomática sobre o governo de Volodymyr Zelensky.

O plano incorpora várias exigências cruciais da Rússia, o que levou a ser visto como uma capitulação por muitos analistas e aliados de Kyiv. Entre os pontos mais controversos estão a cedência de território ucraniano, incluindo o reconhecimento de facto da Crimeia, Lugansk e Donetsk como territórios russos, e a divisão de Kherson e Zaporizhzhia ao longo da linha da frente.

A proposta impõe também severas limitações às forças armadas ucranianas, cujo efetivo seria reduzido para um máximo de 600.000 militares, e exige que a Ucrânia consagre na sua Constituição a renúncia à adesão à NATO.

Em contrapartida, o plano oferece garantias de segurança ocidentais para evitar futuros ataques russos e a possibilidade de uma adesão acelerada à União Europeia.

O Presidente Zelensky expressou a dificuldade da sua posição, afirmando que a Ucrânia enfrenta uma escolha entre "perder a sua dignidade ou correr o risco de perder um aliado fundamental".

O Presidente russo, Vladimir Putin, acolheu a proposta, considerando que "poderá servir de base para uma solução final e pacífica", mas ameaçou continuar os avanços territoriais caso Kyiv a rejeite.

Posteriormente, Donald Trump declarou aos jornalistas que a proposta "não é, nem de longe", a sua "oferta final", sugerindo alguma flexibilidade no processo negocial.