A União Europeia insistiu na necessidade de ser incluída em quaisquer negociações, afirmando o seu papel central na resolução do conflito.

Numa declaração conjunta emitida à margem da cimeira do G20, líderes da UE, Canadá e Japão, incluindo António Costa e Ursula von der Leyen, manifestaram preocupação com "as limitações propostas às Forças Armadas ucranianas", que, no seu entender, "deixariam a Ucrânia vulnerável a ataques futuros".

A Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, resumiu a posição europeia ao afirmar: "A pressão tem de estar no agressor, não na vítima".

Em resposta à exclusão da Europa das conversações iniciais, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, convocou uma reunião especial dos 27 líderes da UE em Luanda para coordenar uma posição comum.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou que o papel "central" da UE deve ser "plenamente reconhecido" e que qualquer plano credível não deve "plantar as sementes de um conflito futuro".

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, criticou o facto de a proposta ter sido feita sem uma "audição prévia da Ucrânia".

Estas reações demonstram uma clara divergência transatlântica sobre a abordagem ao conflito, com a Europa a defender uma paz justa que respeite a soberania ucraniana e os princípios do direito internacional.