Em simultâneo, Moscovo desvalorizou os esforços diplomáticos europeus para mediar o conflito, acusando a Europa de se 'intrometer' de forma 'completamente inútil'. Apesar de considerar a proposta original dos EUA uma 'boa base' para negociações, a Rússia mostrou-se irredutível quanto às alterações introduzidas após as conversações em Genebra, que envolveram a Ucrânia e potências europeias.

O conselheiro presidencial Yuri Ushakov afirmou que as propostas europeias 'não nos convêm'.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, acusou os europeus de 'fazer barulho' nos meios de comunicação para refazer o plano, afirmando que se a nova versão 'apagar' os entendimentos que Putin acredita ter alcançado com Trump, 'a situação será fundamentalmente diferente'. O Kremlin insiste que só conhece a versão inicial do plano de Trump e que não participou em quaisquer negociações sobre as mudanças sugeridas pela UE.

O porta-voz Dmitry Peskov declarou que a Rússia continua 'completamente aberta a negociações' para alcançar os seus objetivos por meios diplomáticos, mas culpou Kiev pelo fracasso de conversações anteriores. Esta postura revela uma estratégia de Moscovo de negociar preferencialmente com Washington, marginalizando a Europa e mantendo a pressão sobre Kiev para aceitar os termos que considera favoráveis.