Macron afirmou que a Rússia está a travar um 'confronto estratégico com os europeus' e uma 'guerra híbrida', e que seria um 'erro sermos fracos perante esta ameaça'. O chefe do Estado-Maior do Exército, general Fabien Mandon, foi mais longe, ao declarar que a França precisa de 'aceitar perder os nossos filhos' para proteger a nação, advertindo que Moscovo se prepara para um confronto com os países ocidentais 'até 2030'.

Estas declarações geraram forte controvérsia política interna, mas foram apoiadas pela ministra das Forças Armadas, Catherine Vautrin, que sublinhou a necessidade de reforçar o 'espírito de defesa'. Em linha com esta nova postura, surgiram notícias de que Macron poderá anunciar o regresso do serviço militar voluntário, um programa remunerado com a duração de 10 meses, para reforçar a capacidade de mobilização do país.

A França, um dos principais membros da 'coligação dos dispostos' a apoiar a Ucrânia, demonstra assim uma crescente preocupação com a segurança europeia e a necessidade de uma dissuasão mais robusta face à Rússia.