As suas declarações indicam uma mudança significativa na postura de defesa da principal economia europeia.
Num discurso no parlamento alemão, Merz afirmou que a conjuntura atual representa 'o fim de uma era' e que a Europa já não pode depender exclusivamente da proteção americana. 'Temos de assumir um papel político e militar que tínhamos abandonado', sublinhou, argumentando que a Europa 'não é um peão, mas um ator soberano'.
O chanceler destacou que o seu governo já aumentou as despesas militares, cumprindo o compromisso da NATO de investir 3,5% do PIB na Defesa, uma medida que, segundo ele, foi crucial para manter a aliança transatlântica. Em relação ao plano de paz para a Ucrânia, Merz manifestou ceticismo sobre um acordo rápido e insistiu que qualquer solução negociada 'sem o consentimento da Ucrânia e sem o consentimento dos europeus não será a base para uma paz verdadeiramente sustentável'.
Esta posição reforça a ideia de que Berlim procura maior autonomia estratégica para a Europa, tanto na gestão da segurança continental como na sua capacidade de influenciar as negociações diplomáticas sobre o conflito ucraniano.














