A operação, conduzida pela Agência Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) e pela Procuradoria Especializada Anticorrupção (SAP), está ligada a um alegado esquema de desvio de fundos na Energoatom, a empresa estatal de energia nuclear, que poderá ter desviado cerca de 100 milhões de euros.

O escândalo já tinha levado à demissão dos ministros da Energia e da Justiça.

Yermak, que também liderava a equipa de negociação ucraniana, confirmou publicamente as buscas e declarou estar a cooperar “plenamente”.

No seu discurso diário, Zelensky anunciou a demissão para “evitar rumores e especulações”, agradecendo a Yermak por ter “apresentado sempre a posição ucraniana de forma precisa e correta nas negociações”.

Após a sua saída, Yermak enviou mensagens enigmáticas ao New York Post, afirmando: “Eu vou para a frente [de guerra] e estou pronto para enfrentar qualquer represália”.

Confessou sentir-se “revoltado com as ofensas” e com a “falta de apoio daqueles que conhecem a verdade”. A crise interna surge numa fase de extrema vulnerabilidade para Kiev, minando a sua credibilidade e capacidade negocial, com comentadores a afirmarem que o caso surge “na pior altura” e que Zelensky está “cada vez mais isolado”.