A iniciativa visa reforçar a capacidade de defesa e o pacto entre a nação e as suas forças armadas. O programa, que arrancará no verão de 2026, é destinado a jovens entre os 18 e os 19 anos e será remunerado com cerca de 800 euros mensais, além de alojamento e alimentação. Macron esclareceu que os voluntários servirão “exclusivamente em território nacional” e não serão enviados para cenários de conflito, como a Ucrânia.

A meta é alcançar 10.000 participantes até 2030 e 50.000 até 2035, com o número a ser ajustado “de acordo com a evolução da ameaça”.

O presidente francês descartou o restabelecimento do serviço militar obrigatório, abolido em 1996, mas deixou a porta aberta para essa possibilidade “em circunstâncias excecionais” e mediante decisão do Parlamento. O anúncio surge após declarações do chefe do Estado-Maior do Exército, que alertou para a possibilidade de França perder soldados perante a ameaça russa. Macron afirmou que seria um “erro sermos fracos perante esta ameaça”, sublinhando que a Rússia está a travar uma “guerra híbrida” e que a Europa deve preparar-se para um possível “confronto de alta intensidade” entre 2027 e 2030.

Esta medida insere-se numa tendência europeia de reavaliação das estratégias de defesa, com países como a Alemanha e a Bélgica a estudarem modelos semelhantes.