A ausência do chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO em Bruxelas, agendada para 2 e 3 de dezembro, está a gerar preocupação entre os aliados europeus. A sua falta é particularmente notada num momento em que a guerra na Ucrânia e o plano de paz dos EUA dominam a agenda da Aliança. Num contexto de intensas negociações diplomáticas e de apreensão europeia sobre o plano de Washington, que inicialmente foi visto como favorável a Moscovo, a ausência do representante do país mais poderoso da NATO é considerada “particularmente significativa”.
Em vez de Rubio, os Estados Unidos serão representados pelo seu adjunto, Christopher Landau.
A decisão surge numa semana crucial, com o enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, a ter uma deslocação prevista a Moscovo para se encontrar com Vladimir Putin.
Um responsável do Departamento de Estado, falando sob anonimato, minimizou a ausência, afirmando que o chefe da diplomacia “já participou em dezenas de reuniões com os aliados da NATO e seria completamente inapropriado esperar que ele participe em todas”. No entanto, a ausência de Rubio, que esteve pessoalmente em Genebra no fim de semana anterior para as negociações com ucranianos e europeus, é interpretada como um sinal de possíveis tensões transatlânticas. A situação é agravada pela demissão do principal negociador ucraniano, Andriy Yermak, que se tinha encontrado com Rubio em Genebra, o que pode afetar a continuidade e a estabilidade das conversações diplomáticas.
Em resumoA decisão do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de não participar numa reunião crucial de ministros da NATO focada na Ucrânia está a causar inquietação na Europa. A sua ausência, num momento de negociações delicadas sobre um plano de paz e de uma visita de um enviado americano a Moscovo, alimenta receios sobre o empenho dos EUA na segurança europeia e a coesão da Aliança Atlântica.