A reunião sublinha a posição da Hungria como o principal aliado do Kremlin no seio do bloco europeu, num momento de alta tensão diplomática.

Durante o encontro, Orbán reafirmou que a Hungria continuará a comprar petróleo e gás à Rússia, apesar dos esforços da UE para reduzir a dependência energética de Moscovo e das sanções impostas devido à invasão da Ucrânia. “Gostaria de reafirmar que o abastecimento de energia proveniente da Rússia constitui atualmente a base do fornecimento de energia da Hungria e assim continuará a ser no futuro”, declarou Orbán.

Putin, por sua vez, saudou a “posição equilibrada” da Hungria sobre a questão ucraniana.

A visita de Orbán, a segunda ao Kremlin em menos de um ano, ocorre enquanto se negoceia um plano de paz para a Ucrânia. O líder húngaro, um aliado de Donald Trump, já tinha apelado à UE para que apoiasse o plano de paz norte-americano, mesmo que este implicasse cedências territoriais por parte da Ucrânia, defendendo “o caminho da paz” em vez do “beco sem saída” da guerra. A sua postura dissidente e a proximidade com Moscovo têm sido uma fonte constante de atrito dentro da UE, complicando os esforços do bloco para manter uma frente unida contra a agressão russa.