Este encontro representa o culminar de uma intensa semana diplomática que envolveu contactos paralelos com Kiev e gerou otimismo e apreensão entre os aliados. A iniciativa diplomática norte-americana ganhou destaque com a apresentação de um plano de paz inicial de 28 pontos, que, segundo várias fontes, era marcadamente favorável a Moscovo.

A proposta incluía a cedência de território ucraniano anexado pela Rússia, como a Crimeia e o Donbass, e uma redução significativa das Forças Armadas da Ucrânia.

Após fortes críticas de Kiev e dos parceiros europeus, o plano foi revisto durante reuniões em Genebra.

A versão alterada, agora com 19 pontos, foi considerada "significativamente melhor" para a Ucrânia por fontes próximas do processo.

O encontro de Witkoff no Kremlin, acompanhado por Jared Kushner, genro de Trump, visa discutir esta nova proposta. A Casa Branca manifestou-se "muito otimista" quanto às possibilidades de um acordo, com Trump a afirmar que existem "boas hipóteses" de o conflito terminar.

Do lado russo, o enviado Kirill Dmitriev descreveu a chegada da delegação como um "dia importante para a paz".

No entanto, o Kremlin mantém uma postura cautelosa, afirmando ser "prematuro" falar num acordo e aguardando a apresentação formal da nova versão.

As negociações seguem uma via dupla: enquanto Witkoff dialoga com Moscovo, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, manteve conversações com a delegação ucraniana na Flórida, que classificou como "produtivas", embora tenha alertado que "ainda há trabalho a ser feito".