Esta exigência, feita durante uma visita de Estado ao Quirguistão, estabelece uma linha vermelha para o Kremlin nas atuais negociações de paz. Durante uma conferência de imprensa, Putin foi explícito: "Se as tropas ucranianas abandonarem os territórios ocupados, cessaremos as hostilidades.
Se não saírem, expulsá-las-emos pela força militar".
Embora não tenha especificado todos os territórios, a declaração refere-se às regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia, que a Rússia anexou unilateralmente em setembro de 2022, apesar de não as controlar na totalidade. Esta condição reflete as exigências maximalistas de Moscovo e alinha-se com os pontos mais controversos do plano de paz inicial proposto pelos Estados Unidos, que previa a cedência destas mesmas regiões.
Putin também aproveitou a ocasião para questionar a legitimidade do presidente Zelensky para negociar um acordo, argumentando que o seu mandato presidencial expirou, uma vez que as eleições foram suspensas devido à lei marcial. Ao mesmo tempo, Putin classificou como "ridículo" o receio de um ataque russo à Europa, mas advertiu que haveria "medidas de retaliação" económicas se os ativos russos congelados fossem utilizados para apoiar a Ucrânia.














