Esta proposta, a ser apresentada diretamente a Vladimir Putin, representa uma violação da diplomacia tradicional dos EUA e gera alarme entre os aliados europeus.

Segundo o jornal The Telegraph, os enviados de Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner, têm como propósito apresentar esta oferta a Vladimir Putin durante a sua visita a Moscovo.

O plano envolve o reconhecimento formal da soberania russa sobre a Península da Crimeia, anexada ilegalmente em 2014, e as regiões do Donbass (Donetsk e Lugansk).

Esta medida, descrita como uma violação da convenção diplomática dos EUA, visa acelerar um acordo de paz, alinhando-se diretamente com as exigências de longa data do Kremlin. A proposta surge no contexto do plano de paz mais amplo impulsionado por Washington, cuja versão inicial já era vista como excessivamente favorável a Moscovo.

A possibilidade de os EUA reconhecerem alterações territoriais obtidas pela força é uma linha vermelha para a Ucrânia e para a maioria dos países europeus, que veem nesta abordagem um precedente perigoso que recompensa a agressão militar. A concretizar-se, esta concessão significaria que os EUA estariam a atuar como "aliados de Moscovo na guerra contra a Ucrânia", como refere um analista, minando a posição de Kiev e a segurança europeia.