Embora tenha insistido que Moscovo não tem "a intenção de fazer guerra à Europa", o aviso foi proferido horas antes de receber o enviado dos EUA, Steve Witkoff, para discutir o plano de paz para a Ucrânia. Putin acusou diretamente os líderes europeus, referindo-se a França, Alemanha e Reino Unido, de estarem "do lado da guerra" e de não terem um "programa de paz".
Segundo o líder russo, estes países estão a tentar "bloquear todo o processo de paz" liderado pelos Estados Unidos, apresentando "exigências que são absolutamente inadmissíveis para a Rússia".
Esta retórica visa, aparentemente, aprofundar uma linha de negociação direta com Washington, marginalizando Bruxelas e outras capitais europeias.
A ameaça foi desvalorizada pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que declarou: "Não vou reagir a tudo o que o presidente russo diz", recordando que comentários semelhantes já foram feitos no passado.
No entanto, a linguagem de Putin é vista como perigosa e reflete a sua intenção de negociar a partir de uma posição de força, aproveitando o momento em que as suas tropas avançam no terreno. A mensagem parece clara: a Rússia não aceitará um acordo de paz ditado por termos europeus e está disposta a enfrentar uma escalada se as suas condições não forem consideradas.














