Para o gás natural liquefeito (GNL), a proibição de contratos de longo prazo será aplicada a partir de 1 de janeiro de 2027, enquanto para o gás transportado por gasoduto, a data limite é 30 de setembro de 2027. Os contratos de curto prazo terão prazos ainda mais curtos, em 2026.

A medida legislativa foi desenhada para ser aprovada por maioria qualificada, evitando assim um potencial veto de países como a Hungria e a Eslováquia, que se têm mostrado mais relutantes em cortar laços energéticos com Moscovo.

Desde o início da guerra, a quota de gás russo nas importações da UE já caiu de 45% para 13%. Em reação, o Kremlin, através do porta-voz Dmitri Peskov, advertiu que "a Europa está a condenar-se a fontes de energia mais caras", o que, na sua opinião, irá acelerar a "perda de potencial de liderança por parte da economia europeia". Portugal está entre os oito Estados-membros que ainda importam GNL russo, embora em proporções reduzidas, que caíram de 15% em 2021 para 5% em 2024.