Para contornar o veto húngaro, a Comissão Europeia propõe usar o artigo 122 do Tratado, que exige apenas maioria qualificada.

A proposta legislativa justifica a urgência da medida para impedir que os fundos “sejam utilizados para respaldar o esforço bélico de Rússia contra a Ucrânia”.

No entanto, a Bélgica, onde a maior parte dos ativos está localizada na instituição financeira Euroclear, mantém o seu veto.

O primeiro-ministro belga, Bart de Wever, exige uma garantia formal dos restantes Estados-membros que cubra a totalidade dos fundos e distribua os riscos de retaliação do Kremlin. De Wever expressou ceticismo, afirmando que usar o artigo 122 “seria como entrar numa embaixada, tirar os móveis e vendê-los”.

A Alemanha, através do chanceler Friedrich Merz, está a mediar as negociações com a Bélgica para tentar alcançar um consenso antes da cimeira de 18 de dezembro, que o presidente do Conselho Europeu, António Costa, considera decisiva.