Em paralelo, Moscovo rescindiu acordos de cooperação militar com três membros da NATO: Portugal, Canadá e França.
Numa teleconferência, Putin afirmou que a Rússia levará a “operação militar especial” à sua “conclusão lógica”.
Esta declaração surge num contexto de intensa atividade diplomática liderada pelos EUA, mas reafirma a indisponibilidade de Moscovo para um cessar-fogo sem o cumprimento das suas exigências territoriais.
A retórica russa foi acompanhada de ações concretas no plano diplomático.
Um decreto do primeiro-ministro Mikhail Mishustin formalizou a rescisão de acordos de cooperação militar com Portugal (assinado em 2000), Canadá e França. A embaixada russa em Lisboa justificou a decisão com o apoio de Portugal “à guerra híbrida da UE” contra a Rússia, afirmando que “as ações hostis das autoridades portuguesas paralisaram todo o sistema” de relações bilaterais, que se encontram “no nível mais baixo da sua história contemporânea”.
Moscovo alertou ainda para “consequências consideráveis” caso a UE avance com a utilização de ativos russos congelados, considerando a medida um “roubo”. O Kremlin também negou ter planos para atacar países da NATO, classificando tais alegações como “um disparate”, apesar de Putin ter afirmado recentemente que o país estaria preparado para um confronto com a Europa.













