A falta de consenso europeu manifesta-se em questões cruciais como o financiamento a Kiev e a estratégia de negociação com a Rússia. A nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, que aplaude o crescimento de “partidos europeus patriotas”, dividiu os dois maiores partidos de extrema-direita da Europa.
Na Alemanha, o AfD congratulou o documento como um “reconhecimento direto” do seu trabalho.
Em contrapartida, o Reunião Nacional de Marine Le Pen, em França, criticou duramente as intenções de Trump, com um dos seus membros a afirmar que o presidente americano “trata-nos como uma colónia”. Esta divergência reflete uma tentativa do partido de Le Pen de se distanciar de posições mais radicais para aumentar a sua credibilidade junto do eleitorado francês.
As divisões na UE são também evidentes no que toca ao apoio financeiro à Ucrânia.
A proposta de utilizar ativos russos congelados está bloqueada pela Bélgica, que teme as repercussões legais e financeiras, e o plano alternativo de endividamento conjunto enfrenta o veto da Hungria. Da mesma forma, o processo de adesão da Ucrânia à UE continua paralisado pela oposição de Budapeste.
Esta fragmentação europeia é vista com preocupação, com analistas a sublinharem que “a Europa não consegue tomar uma decisão de forma unânime” e “tem muita dificuldade em transformar as palavras em ações”.













