O documento descreve a Europa como um continente em declínio, com líderes "fracos" e a enfrentar um "apagamento civilizacional" devido às políticas migratórias.
O documento de 33 páginas formaliza uma ofensiva diplomática contra os aliados europeus, questionando a sua soberania face a órgãos transnacionais como a UE e criticando a "censura à liberdade de expressão". A estratégia manifesta apoio explícito a "partidos europeus patriotas", o que foi interpretado como um endosso a forças de extrema-direita e uma tentativa de dividir o bloco. Esta abordagem causou fissuras entre os próprios partidos de extrema-direita, com o AfD alemão a aplaudir o documento, enquanto o Reunião Nacional de Marine Le Pen o criticou, afirmando que "Trump trata-nos como uma colónia".
A reação dos líderes europeus foi de repúdio.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que a Europa não pode aceitar uma “ameaça de interferência na sua vida política”, sublinhando que “os Estados Unidos não podem substituir os cidadãos europeus na escolha de quais são os bons partidos e os maus partidos”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou que “ninguém deve interferir” na democracia europeia.
A estratégia também gerou preocupações de segurança, com a Dinamarca a classificar pela primeira vez os EUA como uma potencial ameaça devido à sua imprevisibilidade e interesse na Gronelândia.
O documento assinala uma redefinição profunda da relação transatlântica, forçando a Europa a confrontar a sua dependência e a debater a necessidade de maior autonomia estratégica.













