Rutte instou os aliados europeus a adotarem uma mentalidade de guerra e a prepararem-se para um conflito de grande escala.
Num discurso em Berlim, Rutte dramatizou a urgência da situação, afirmando que muitos aliados permanecem "silenciosamente complacentes" e não sentem a urgência da ameaça representada por Moscovo.
"Somos o próximo alvo da Rússia", alertou, apelando a um aumento imediato dos gastos com defesa e da produção de armamento para dissuadir o presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo Rutte, sem investimentos imediatos, a Europa arrisca-se a enfrentar um conflito "à escala da guerra que os nossos avós e bisavós tiveram de enfrentar". As suas declarações ecoam preocupações crescentes dentro da aliança sobre as intenções de longo prazo do Kremlin, especialmente num contexto em que a Rússia continua a sua ofensiva na Ucrânia e adapta a sua economia para um esforço de guerra prolongado. Este alerta surge numa altura de tensões acrescidas, com a Alemanha a acusar a Rússia de ciberataques e de tentar desestabilizar os seus processos democráticos, e com a Rússia a negar qualquer intenção de atacar a NATO, classificando tais sugestões como "um disparate". O apelo de Rutte representa uma tentativa de abalar a inércia política e de garantir que a Europa não seja apanhada desprevenida, reforçando a necessidade de uma postura de defesa coletiva mais robusta e proativa face ao que considera ser uma ameaça existencial iminente.













