A decisão reflete uma postura populista e focada em questões internas, que contrasta com a forte solidariedade demonstrada pelo governo anterior.
Num vídeo publicado nas redes sociais, Babis afirmou: "Não temos dinheiro para outros países.
A União Europeia tem de resolver isto de outra forma, mas não vamos garantir nada nem dar-lhes dinheiro". O novo primeiro-ministro, cujo partido conservador ANO obteve uma vitória expressiva nas eleições de outubro, defendeu que a Comissão Europeia deve encontrar outras formas de financiar a Ucrânia, pois a República Checa precisa de usar os seus recursos para os seus próprios cidadãos.
A declaração foi imediatamente criticada pelo seu antecessor, Petr Fiala, que a considerou "egoísta" e "irresponsável", alertando que a medida "ameaça não só a segurança da República Checa, mas também a sua prosperidade".
O ministro para os Assuntos Europeus, Martin Dvorák, também lamentou a mudança, descrevendo-a como uma viragem "para a cobardia, o egoísmo e a irresponsabilidade".
A decisão de Babis, que já tinha sido primeiro-ministro entre 2017 e 2021, surge num momento crítico, em que a UE debate novas formas de financiamento para a Ucrânia, incluindo a utilização de ativos russos congelados.
A posição do novo governo checo pode complicar os esforços para manter um apoio financeiro coeso e robusto a Kiev nos próximos anos.













