Em paralelo, o líder da oposição conservadora, Friedrich Merz, comparou a invasão da Ucrânia à anexação dos Sudetas por Hitler, num aviso sobre as ambições expansionistas de Vladimir Putin.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão convocou o embaixador russo, Serguei Nechayev, para expressar a sua condenação aos "ataques repetidos e inaceitáveis perpetrados por agentes russos controlados pelo Estado".

Segundo as autoridades alemãs, os serviços de informações demonstraram que o serviço de informações militares russo, GRU, foi responsável pelo ciberataque de agosto de 2024, através do grupo de hackers APT28, também conhecido como "Fancy Bear".

A Alemanha também afirmou que a Rússia tentou "influenciar e desestabilizar" as eleições para o Bundestag através da campanha "Storm-1516".

A embaixada russa rejeitou categoricamente as acusações.

Reforçando a perceção de uma ameaça crescente, Friedrich Merz fez um paralelismo histórico, afirmando que a invasão da Ucrânia por Putin pode ser comparada à invasão da Região dos Sudetas por Hitler em 1938.

Merz avisou que o líder russo "não vai parar" na Ucrânia e que o seu objetivo é restaurar a União Soviética.

Esta retórica, juntamente com as acusações de guerra híbrida, sinaliza um endurecimento significativo da postura alemã, que se considera um alvo principal das ações hostis de Moscovo devido ao seu forte apoio a Kiev.