A principal exigência da Rússia é a cedência total da região de Donetsk, uma "linha vermelha" que o Presidente Volodymyr Zelensky considera politicamente inaceitável, dado que 75% dos ucranianos se opõem a tal retirada. Como alternativa, Kiev propôs a criação de uma zona desmilitarizada no Donbass, sob supervisão de uma missão militar internacional, o que representaria a maior concessão territorial ucraniana até à data. Moscovo contrapõe que a segurança nessa zona deveria ser garantida pela sua Guarda Nacional, uma solução rejeitada por Kiev.
O segundo impasse prende-se com as garantias de segurança pós-guerra.
Zelensky mostrou-se disposto a renunciar à adesão à NATO, outra exigência russa, em troca de um compromisso de defesa mútua semelhante ao artigo 5.º da Aliança Atlântica, prestado pelos EUA e aliados europeus.
Por fim, o controlo dos ativos russos congelados é um ponto de discórdia, com Washington a pretender gerir os fundos para a reconstrução, enquanto a UE insiste que a decisão deve ser tomada em Bruxelas. O Kremlin, por sua vez, vê com ceticismo a participação europeia nas negociações, com o porta-voz Dmitri Peskov a afirmar que esta "não é um bom presságio".













