A decisão expôs os receios legais e geopolíticos no seio do bloco, gerando reações distintas de Moscovo, Budapeste e outras capitais.
O plano inicial, defendido pela Comissão Europeia e por líderes como o chanceler alemão Friedrich Merz, previa um empréstimo de reparações baseado nos 210 mil milhões de euros em ativos russos imobilizados na UE. Contudo, a proposta não obteve a unanimidade necessária, esbarrando na forte oposição da Bélgica, que alberga a maior parte destes fundos (cerca de 185 mil milhões de euros na Euroclear).
O governo belga exigiu garantias legais e financeiras claras dos restantes Estados-membros para se proteger de potenciais retaliações legais e financeiras por parte de Moscovo.
A Hungria também se opôs veementemente, com o primeiro-ministro Viktor Orbán a declarar que usar o dinheiro "significa guerra".
A Rússia reagiu prontamente, com Vladimir Putin a advertir que os europeus "terão de devolver o que foi roubado" e a classificar o plano como um "assalto" que mina a confiança na Zona Euro.
O fracasso em aprovar esta medida inédita foi visto por alguns analistas como uma derrota para os seus principais proponentes e um sinal da incapacidade da UE para tomar um "salto político" arriscado.
Os ativos permanecerão congelados até que a Rússia pague reparações de guerra à Ucrânia.












