A Aliança Atlântica afastou uma adesão imediata, mas defendeu a criação de garantias de segurança robustas, uma posição que levou Kiev a considerar a renúncia à sua aspiração constitucional em troca de um compromisso de defesa equivalente.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, excluiu a adesão da Ucrânia a curto prazo, reconhecendo a oposição de alguns aliados como a Hungria e os Estados Unidos.

No entanto, sublinhou a necessidade de uma solução alternativa que impeça uma nova agressão russa, afirmando que Putin "tem de saber que, se voltar a atacar a Ucrânia após um acordo de paz, a reação será devastadora". Em resposta a este cenário, o presidente Volodymyr Zelensky anunciou uma concessão significativa: a Ucrânia aceitou prescindir da sua candidatura à NATO em troca de garantias de segurança bilaterais dos EUA e de outros parceiros, que sejam semelhantes ao Artigo 5.º do Tratado da NATO.

Zelensky descreveu esta mudança como um "compromisso da nossa parte", dado que a adesão plena não é apoiada por todos os parceiros. A alta representante da UE, Kaja Kallas, confirmou que a Ucrânia está a ser "pressionada para não aderir à NATO" e que, nesse contexto, as garantias de segurança são a "única garantia de que a Rússia não volta a invadir".