A nova legislação, aprovada por 500 votos a favor, foi descrita como uma proteção da segurança energética da UE contra a "instrumentalização operada pela Federação da Rússia".

O plano prevê a proibição de Gás Natural Liquefeito (GNL) russo adquirido no mercado à vista a partir do início de 2026, enquanto as importações de gás por gasoduto serão eliminadas progressivamente até 30 de setembro de 2027. O comissário europeu da Energia, Dan Jørgensen, classificou a decisão como "histórica" e irreversível, declarando durante o debate: "Mesmo que haja paz [na Ucrânia], é um não para sempre, não vamos importar uma só molécula de gás, não nos podemos dar ao luxo de repetir os erros do passado". A legislação também contempla sanções para os operadores que não cumpram as regras.

Esta medida representa uma resposta estrutural à invasão da Ucrânia, acelerando os esforços da UE para diversificar as suas fontes de energia e reduzir a sua dependência de longa data de Moscovo, que tem sido acusada de utilizar o fornecimento de gás como uma "arma de arremesso".