A direção e equipa técnica do Paços de Ferreira admitem publicamente um cenário de grandes dificuldades para a época 2025/26, estabelecendo a manutenção na II Liga como o único e principal objetivo. As declarações dos responsáveis do clube pintam um quadro de fragilidade financeira e alertam para a disparidade de recursos face a outros competidores. O presidente do clube, Rui Miguel Abreu, foi particularmente contundente na sua análise, descrevendo a situação do Paços de Ferreira com uma metáfora elucidativa: "As pessoas têm de perceber que estamos a entrar com um Fiat Uno numa corrida de Ferraris". Esta declaração sublinha as limitações financeiras que o clube enfrenta e a dificuldade em competir com equipas com maior poder de investimento.
O treinador, Filipe Cândido, corroborou esta visão, afirmando que "manter o P. Ferreira na mesma divisão é o grande objetivo desta temporada" e que a equipa terá de celebrar cada ponto conquistado naquela que considera ser a mais difícil edição da II Liga.
A situação financeira do clube é descrita como "bastante frágil", com o presidente a admitir a urgência de encontrar uma solução estrutural para garantir a continuidade nos campeonatos profissionais.
Este contexto de austeridade reflete-se na construção do plantel, que, embora ainda não esteja fechado, é visto como um projeto que visa, acima de tudo, a estabilidade.
A derrota em casa na primeira jornada contra o Vizela (1-2) veio acentuar estas preocupações, servindo como um alerta precoce para os desafios que os "castores" terão pela frente.
Em resumoO Paços de Ferreira inicia a II Liga com um discurso de contenção, focado exclusivamente na permanência. O presidente Rui Abreu e o treinador Filipe Cândido destacam as fragilidades financeiras do clube, comparando-o a "um Fiat Uno numa corrida de Ferraris", e alertam para uma das épocas mais difíceis da história recente do emblema.