A decisão surge num contexto de resultados desportivos dececionantes e de um projeto que, segundo a análise dos artigos, parece ter perdido o rumo. A saída de Sérgio Vieira do comando técnico do Académico de Viseu é apresentada como o culminar de uma crise profunda que vai além dos maus resultados.

Os artigos descrevem o clube como um "falso candidato" à subida, com um "projeto perdido".

No momento da demissão, a equipa ocupava o 15.º lugar, com apenas duas vitórias em oito jogos, apresentando exibições de "nível baixo" e um "discurso pobre e pouco convincente" por parte do treinador.

A análise mais aprofundada aponta o dedo à estrutura diretiva, nomeadamente ao diretor desportivo Pedro Bessa, acusando-a de falta de coerência e de uma política de transferências sem lógica, que resultou num plantel com 12 nacionalidades diferentes e pouca ligação. Critica-se a aposta massiva em jogadores para as equipas de sub-19 e sub-23 "às paletes", na esperança de que algum vingue, em detrimento de uma análise criteriosa para a equipa principal.

A situação contrasta com o sucesso de rivais com projetos mais organizados. O despedimento de Vieira é visto como uma oportunidade para uma "mudança profunda", mas sublinha-se a necessidade de a estrutura assumir responsabilidades, comunicar com os sócios e definir uma linha estratégica clara, algo que tem faltado e que levou a um sentimento de revolta e afastamento por parte dos adeptos. A SAD é acusada de silêncio e de não dar a cara pelos problemas, o que agrava a perceção de que o clube está sem rumo.