O interesse do clube galês no antigo adjunto de Jürgen Klopp no Liverpool desencadeou um processo negocial tenso, que culminou na sua desvinculação. Inicialmente, o Marítimo tentou refrear as especulações, chegando a emitir comunicados que garantiam a permanência do técnico e a sua concentração total no projeto do clube.

O presidente Carlos André Gomes afirmou que a saída só aconteceria mediante o pagamento integral da cláusula de rescisão, fixada em um milhão de euros, uma posição que visava proteger os interesses da equipa insular, que ocupa o terceiro lugar na Segunda Liga e luta pela subida.

No entanto, a imprensa galesa e nacional continuou a noticiar o avanço das negociações, indicando que o Swansea estava disposto a cobrir o valor para garantir a contratação do seu alvo principal, especialmente depois de outras opções terem falhado. A situação culminou com o anúncio oficial da saída de Vítor Matos, que se despediu do clube numa conferência de imprensa tardia, confirmando a sua ida para o futebol britânico. A sua partida ocorreu em vésperas de um jogo importante contra o Penafiel, deixando a equipa a ser orientada interinamente por dois adjuntos e criando um vazio de liderança num momento crucial da temporada.

A forma como o processo decorreu ilustra a crescente vulnerabilidade dos clubes portugueses ao poder financeiro dos campeonatos ingleses, mesmo dos escalões secundários.