Segundo o relatório da U-Tax, o benefício da taxa de 13% é 6,7 vezes superior para o décimo decil de rendimento em comparação com o primeiro, concluindo que a medida tem um “efeito redistributivo muito limitado”. A unidade técnica estima que a subida para 23% diminuiria a despesa fiscal em cerca de mil milhões de euros, com um impacto “ligeiramente negativo no PIB e no emprego”. Em contrapartida, associações como a AHRESP e a APHORT classificaram a medida como “desastrosa” e um “erro com graves impactos económicos, sociais e territoriais”. A AHRESP alerta que a subida do IVA “provocaria o encerramento de milhares de empresas, sobretudo fora dos grandes centros urbanos”. As associações recordam que a reposição da taxa intermédia em 2016 foi “determinante para a criação de mais de 50.000 novos postos de trabalho” e sublinham que a medida colocaria Portugal em desvantagem competitiva face a países como Espanha, França e Itália, que aplicam taxas de 10%.
