O pacto foi alcançado sob a ameaça de Washington de impor taxas de 30% a partir de 1 de agosto. Em contrapartida, a UE comprometeu-se a realizar compras significativas de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares, a investir 600 mil milhões de dólares adicionais nos EUA e a aumentar as aquisições de equipamento militar. O acordo prevê ainda "tarifas zero" para produtos estratégicos como aeronaves, certos químicos e matérias-primas críticas. O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, defendeu o entendimento, afirmando ter "100% de certeza que este acordo é melhor do que uma guerra comercial com os EUA". A reação em Portugal foi de alívio pela estabilidade alcançada, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a sublinhar que "nada substitui a liberdade de comércio" e a prometer apoio às empresas nacionais para mitigar efeitos negativos. Em contraste, o governo francês considerou o acordo "desequilibrado" e um "dia sombrio" em que a Europa "se resigna à submissão". Já a Alemanha e a indústria automóvel europeia saudaram o acordo por evitar um conflito que seria particularmente prejudicial para o setor, que via as suas exportações taxadas em 27,5% e que agora passam para 15%.
