A implementação será feita em duas fases. Em agosto e setembro, as taxas serão excecionalmente baixas para compensar as retenções efetuadas nos primeiros sete meses do ano com base em tabelas desatualizadas. Por exemplo, trabalhadores com salários brutos até 1.136 euros e pensionistas com pensões até 1.116 euros ficarão isentos de retenção. A partir de outubro, entrarão em vigor novas tabelas regulares, que, embora com taxas superiores às de agosto e setembro, continuarão a ser mais baixas do que as aplicadas até julho. Segundo Joana Garrido, da PwC, "a diminuição significativa" do valor retido nos próximos dois meses "implicará, em quase todos os casos analisados, uma diminuição do reembolso de IRS ou um aumento do IRS adicional a pagar" em 2026. Simulações da consultora mostram que um trabalhador solteiro com um rendimento de 1.500 euros, que em 2024 teve de pagar 91 euros no acerto final, terá de entregar 126 euros em 2026. O objetivo do Governo é aproximar cada vez mais o imposto retido mensalmente do imposto anual devido, diminuindo a prática de o Estado reter verbas em excesso para depois as devolver no ano seguinte.
