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Economia July 28, 2025

Unidade técnica do Fisco recomenda subida do IVA na restauração para 23%

A Unidade Técnica de Avaliação de Políticas Tributárias e Aduaneiras (U-Tax) recomendou a reposição da taxa de IVA na restauração para 23%, argumentando que a atual taxa intermédia de 13% beneficia desproporcionalmente os agregados com rendimentos mais elevados. A proposta, que poderia gerar uma poupança de mil milhões de euros para o Estado, foi imediatamente contestada pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

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No seu primeiro relatório, a U-Tax, criada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), concluiu que a taxa intermédia de IVA tem um "efeito redistributivo muito limitado". Segundo a análise, os contribuintes no décimo escalão de rendimento obtêm um benefício 6,7 vezes superior ao dos agregados com menores rendimentos, uma vez que o consumo em restauração é maior nos escalões mais altos. A unidade técnica estima que a subida do IVA, embora pudesse ter um "impacto ligeiramente negativo no PIB e no emprego", não teria "quase efeito nenhum na desigualdade". Em resposta, a AHRESP classificou a proposta como um "erro com graves impactos económicos, sociais e territoriais", alertando que a medida provocaria o "encerramento de milhares de empresas", especialmente fora dos grandes centros urbanos. A associação lembrou que a reposição da taxa intermédia em 2016 foi "determinante para a criação de mais de 50.000 novos postos de trabalho" e que a subida colocaria Portugal em contraciclo com concorrentes como Espanha, França e Itália, que aplicam taxas de 10%.

ai briefingEm resumo
A recomendação da U-Tax para aumentar o IVA na restauração para 23% abriu um debate sobre equidade fiscal versus impacto económico, com o Estado a poder poupar mil milhões de euros, mas o setor a alertar para o risco de encerramento de empresas, perda de empregos e perda de competitividade turística.

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