O novo recibo inclui explicitamente a contribuição patronal de 23,75% para a Segurança Social, um valor que habitualmente não consta nos recibos de vencimento tradicionais. Esta informação permite ao trabalhador compreender o chamado "tax wedge" ou garrote fiscal, ou seja, a fatia do seu custo total que é absorvida pelo Estado. Por exemplo, num aumento de salário bruto de 150 euros para um trabalhador com o salário mínimo, o custo para a empresa é de 186 euros, mas apenas 67 euros chegam ao bolso do trabalhador, com 64% do valor a ser canalizado para impostos e contribuições. A iniciativa, que começou com sete empresas associadas da BRP, já se estende a 25, incluindo grandes grupos como Amorim, EDP, Galp, MEO e Santander. Com a integração no sistema SAP Human Capital Management, a funcionalidade pode ser ativada por mais de 120 empresas clientes, abrangendo um universo potencial de mais de 226 mil trabalhadores. O objetivo, segundo a BRP, é promover um "debate mais informado e políticas públicas mais justas".
