Esta componente fiscal, integrada no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP), visa penalizar as emissões de dióxido de carbono e incentivar a transição para energias mais limpas. No entanto, a sua evolução tem sido volátil. No início de 2025, o valor do ISP sobre os combustíveis rodoviários subiu três cêntimos por litro, mas, paradoxalmente, "devido à descida do valor da taxa de carbono, não houve alterações à carga fiscal sobre os combustíveis", o que sugere que o governo utilizou a flexibilidade deste mecanismo para atenuar o impacto no preço final. Esta gestão da carga fiscal é uma constante, com o governo a ajustar o ISP para mitigar as flutuações dos preços internacionais do petróleo. No total, os impostos, incluindo o ISP (que engloba a taxa de carbono) e o IVA, representam mais de 55% do preço da gasolina e 49% do preço do gasóleo, sendo uma componente mais pesada no preço final do que o custo da própria matéria-prima.
