O acordo, anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo presidente dos EUA, Donald Trump, abrange setores-chave como o automóvel, farmacêutico e semicondutores. Em contrapartida, a UE compromete-se a adquirir 750 mil milhões de dólares em energia norte-americana e a realizar investimentos adicionais de 600 mil milhões de dólares nos EUA. No entanto, setores como o aço e o alumínio mantêm-se sujeitos a tarifas de 50%, embora esteja prevista a negociação de um sistema de quotas. A reação em Bruxelas, pela voz do comissário do Comércio, Maroš Šefčovič, foi de que o entendimento “é muito melhor do que uma guerra comercial”. Contudo, em várias capitais europeias, a perceção é distinta, com o primeiro-ministro francês a classificar o acordo como uma “submissão”. Em Portugal, as confederações empresariais como a CIP e a AEP consideram o desfecho como “o acordo possível”, manifestando alívio pelo fim da instabilidade, mas preocupação com o aumento dos custos. A tarifa de 15% é vista como “gerível” face à ameaça de 30%, mas representa um agravamento significativo face aos níveis pré-Trump, com particular impacto previsto para as indústrias da Região Norte, fortemente exportadoras para o mercado norte-americano.
