Integrada no novo quadro financeiro plurianual, a proposta previa a criação de uma nova fonte de receita própria para a União Europeia, que poderia arrecadar cerca de 6,8 mil milhões de euros por ano. O imposto seria uma taxa fixa, variando entre 100.000 euros e 750.000 euros, dependendo do volume de negócios. No entanto, a reação de vários Estados-membros foi imediata e negativa. O governo alemão classificou a medida como “inaceitável”, afirmando não existir “base legal para a UE taxar empresas”. O governo neerlandês também se manifestou contra, considerando o orçamento proposto “demasiado alto”. Em Portugal, a Business Round Table considerou a iniciativa uma “surpresa muito negativa”. A forte resistência de países-chave, que defendem a soberania fiscal nacional, torna a aprovação desta medida altamente improvável e evidencia as profundas divisões sobre o futuro do financiamento da União Europeia e a partilha de competências fiscais entre Bruxelas e as capitais nacionais.
