O acordo comercial, anunciado a 27 de julho, estabelece uma tarifa máxima de 15% sobre a generalidade das exportações da UE para os EUA, incluindo setores-chave como o automóvel, farmacêutico e semicondutores. Esta taxa representa um alívio face à ameaça de 30% por parte da administração de Donald Trump, mas é substancialmente superior aos níveis pré-abril. Em contrapartida, a UE comprometeu-se a adquirir 750 mil milhões de dólares em energia norte-americana (gás, petróleo e nuclear) e a investir 600 mil milhões de dólares nos EUA. As reações foram divergentes. O primeiro-ministro Luís Montenegro e a CIP consideraram que o acordo traz "previsibilidade e estabilidade", sendo o "acordo possível" que evita uma guerra comercial. No entanto, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, classificou-o como um "dia sombrio" em que a Europa "se resigna à submissão". A AEP manifestou "preocupação", considerando o acordo "longe de ser o desejável" e "desequilibrado". Setores como o automóvel, o vinho e os componentes temem o impacto negativo na competitividade. O acordo prevê isenções para alguns produtos estratégicos, como componentes aeroespaciais e certos medicamentos, mas os detalhes sobre o aço, alumínio e outros produtos permanecem por clarificar, mantendo um clima de incerteza.
