Em resposta ao desagravamento fiscal aprovado a meio do ano, o Governo ajustou as tabelas de retenção na fonte para compensar os descontos efetuados nos primeiros sete meses de 2025. Consequentemente, as taxas de retenção para agosto e setembro serão "significativamente inferiores", com alguns contribuintes a ficarem mesmo isentos. A partir de outubro, as taxas serão novamente ajustadas para um nível intermédio. O objetivo é alinhar o valor retido ao longo do ano com o imposto final devido, reduzindo os reembolsos que, na prática, funcionam como um empréstimo dos contribuintes ao Estado. Simulações realizadas pela PwC indicam que "a diminuição significativa" da retenção "implicará, em quase todos os casos analisados, uma diminuição do reembolso de IRS ou um aumento do IRS adicional a pagar" em 2026. Esta situação é mais provável para rendimentos acima de 3.000 euros mensais, onde muitos contribuintes passarão de uma situação de reembolso para uma de pagamento adicional. A medida gerou reações políticas, com o PS a questionar o Governo sobre a descida "excessiva" da retenção e o seu impacto no acerto final do imposto.
