A implementação desta descida do IRS será feita em duas fases.
Nos meses de agosto e setembro, serão aplicadas tabelas com taxas excecionalmente baixas para compensar os valores retidos a mais desde o início do ano.
Durante este período, trabalhadores com salários brutos até 1.136 euros e pensionistas com reformas até 1.116 euros ficarão totalmente isentos de retenção. Por exemplo, um trabalhador solteiro com um salário bruto de 1.000 euros receberá mais 58 euros líquidos em agosto.
A partir de outubro, entrarão em vigor as tabelas finais, com taxas inferiores às do início do ano, mas já sem a isenção alargada.
Embora a medida aumente o poder de compra imediato, especialistas como a consultora PwC alertam que, em regra, os reembolsos a receber em 2026 serão menores, e quem habitualmente paga imposto no acerto final poderá ter de entregar um valor superior. A secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, defendeu a medida, afirmando que se mantém a trajetória de "aproximação entre o imposto cobrado mensalmente e o IRS final" e que é positivo que "as pessoas têm o seu dinheiro no seu bolso antecipadamente".