Apesar da dureza da medida, foram estabelecidas isenções para setores cruciais para a economia norte-americana.
A justificação política para as tarifas está diretamente ligada à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, um aliado de Trump.
No entanto, a aplicação das taxas revela uma abordagem pragmática, isentando produtos dos quais os EUA são fortemente dependentes.
A indústria da aviação civil, nomeadamente peças e aeronaves completas, foi poupada, uma decisão que beneficiou diretamente a Embraer, cujas ações dispararam mais de 10% após o anúncio.
Outros produtos isentos incluem o sumo de laranja, do qual os EUA importam 80% do seu consumo do Brasil, certos minerais como ouro e ferro, e derivados de petróleo.
Em contrapartida, exportações importantes como o café e a carne bovina serão sujeitas à nova tarifa de 50%.
O presidente norte-americano também se mostrou disponível para dialogar com o presidente brasileiro, afirmando que Lula da Silva pode ligar-lhe "a qualquer momento" para discutir as tarifas, indicando que o presidente do Brasil "fez uma má escolha ao não negociar com os Estados Unidos".