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Economia August 2, 2025

EUA impõem tarifas de 50% ao Brasil com isenções estratégicas

O Presidente Donald Trump oficializou a imposição de uma tarifa adicional de 40% sobre os produtos brasileiros, elevando a taxa total para 50%, numa medida que a Casa Branca justifica como resposta a políticas do governo brasileiro que constituem uma "ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos".

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Apesar da dureza da medida, foram estabelecidas isenções para setores cruciais para a economia norte-americana.

A justificação política para as tarifas está diretamente ligada à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, um aliado de Trump.

No entanto, a aplicação das taxas revela uma abordagem pragmática, isentando produtos dos quais os EUA são fortemente dependentes.

A indústria da aviação civil, nomeadamente peças e aeronaves completas, foi poupada, uma decisão que beneficiou diretamente a Embraer, cujas ações dispararam mais de 10% após o anúncio.

Outros produtos isentos incluem o sumo de laranja, do qual os EUA importam 80% do seu consumo do Brasil, certos minerais como ouro e ferro, e derivados de petróleo.

Em contrapartida, exportações importantes como o café e a carne bovina serão sujeitas à nova tarifa de 50%.

O presidente norte-americano também se mostrou disponível para dialogar com o presidente brasileiro, afirmando que Lula da Silva pode ligar-lhe "a qualquer momento" para discutir as tarifas, indicando que o presidente do Brasil "fez uma má escolha ao não negociar com os Estados Unidos".

ai briefingEm resumo
A imposição de tarifas de 50% ao Brasil demonstra a utilização da política comercial como ferramenta de pressão política, diretamente ligada a aliados de Trump. No entanto, as isenções estratégicas em setores como aviação e sumo de laranja mostram que os interesses económicos dos EUA prevalecem, criando uma política tarifária seletiva e punitiva.

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