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Economia August 2, 2025

Mais de 7.000 contribuintes perdem benefícios fiscais por dívidas ao Estado

Em 2024, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) anulou benefícios fiscais no valor de 2,1 milhões de euros a 7.308 contribuintes com dívidas ao Fisco ou à Segurança Social.

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A medida, que impede o acesso a vantagens fiscais a quem não tem a sua situação regularizada, afetou maioritariamente famílias, mas registou um crescimento acentuado no universo empresarial.

De acordo com o relatório anual de combate à fraude e evasão fiscal, 5.957 contribuintes perderam benefícios em sede de IRS, totalizando quase um milhão de euros. Embora o número de famílias afetadas tenha diminuído 13% face ao ano anterior, continua a ser um dos mais elevados desde que o regime entrou em vigor. O maior crescimento verificou-se no IRC, onde 1.351 empresas viram os seus benefícios anulados, um aumento de 26% em relação a 2023, correspondendo a um valor de 1,1 milhões de euros.

Muitas das empresas penalizadas estão localizadas em territórios do interior ou na Zona Franca da Madeira.

A legislação que condiciona os benefícios fiscais à ausência de dívidas ao Estado foi implementada em 2006 como uma "atitude pedagógica de incentivo ao cumprimento voluntário". Em 2017, o regime foi flexibilizado, concedendo um prazo adicional de 12 meses para a regularização das dívidas antes da perda efetiva dos benefícios.

Apesar desta flexibilização, os dados de 2024 mostram que o incumprimento fiscal continua a ter consequências significativas para milhares de contribuintes.

ai briefingEm resumo
A anulação de benefícios fiscais a contribuintes com dívidas ao Estado funciona como um importante mecanismo de controlo e incentivo à conformidade fiscal. O aumento significativo de empresas afetadas em 2024 revela as dificuldades financeiras do tecido empresarial e a aplicação rigorosa da lei por parte da AT, que condiciona o acesso a apoios estatais ao cumprimento das obrigações fiscais.

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