Durante estes dois meses, as tabelas preveem taxas excecionalmente baixas para compensar as retenções mais elevadas efetuadas desde o início do ano.
Em particular, rendimentos brutos até 1.136 euros ficarão isentos de retenção. A partir de outubro, entrarão em vigor as tabelas definitivas para o resto de 2025, com taxas mais altas que as de agosto e setembro, mas ainda assim inferiores às aplicadas até julho. Segundo a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, a medida mantém a trajetória de "aproximação" entre o imposto retido mensalmente e o valor final a pagar, afirmando que "as pessoas têm o seu dinheiro no seu bolso antecipadamente".
Contudo, a oposição, nomeadamente o PS, questionou o Governo sobre se a redução não seria "excessiva", alertando para o risco de os contribuintes receberem reembolsos menores ou terem de pagar imposto adicional em 2026. Simulações da consultora PwC confirmam que, em regra, os reembolsos relativos ao IRS de 2025 irão diminuir em 2026.