Embora o número de famílias afetadas (5.957) tenha diminuído 13% face ao ano anterior, o número de empresas penalizadas registou um aumento significativo de 26%, atingindo um recorde de 1.351 entidades. Do montante total de benefícios cancelados, 1,1 milhões de euros correspondem a empresas (IRC) e quase um milhão de euros a famílias (IRS).
O relatório indica que grande parte das empresas afetadas se localiza em territórios do interior ou opera na Zona Franca da Madeira.
A legislação que impede o acesso a benefícios fiscais a quem tem dívidas ao Estado data de 2006, tendo sido implementada como uma "atitude pedagógica de incentivo ao cumprimento voluntário das obrigações fiscais". Em 2017, o regime foi flexibilizado, concedendo um prazo adicional de 12 meses para a regularização das dívidas antes da perda efetiva dos benefícios.
Apesar desta flexibilização, os dados de 2024 mostram que o incumprimento continua a ter consequências expressivas.