Esta taxa abrange setores cruciais como o automóvel, embora exclua o aço e o alumínio, que permanecem sujeitos a tarifas mais elevadas.
Em resposta, a Comissão Europeia anunciou a suspensão por seis meses do seu pacote de retaliação, que previa a aplicação de taxas sobre produtos norte-americanos no valor de 93 mil milhões de euros.
A decisão foi vista como um gesto para restabelecer a "estabilidade e a previsibilidade para os cidadãos e empresas a ambos os lados do Atlântico", conforme declarou o porta-voz da UE, Olof Gill.
No entanto, a incerteza persiste.
Donald Trump já ameaçou aumentar as tarifas para 35% caso a UE não cumpra o compromisso de investir 600 mil milhões de dólares na economia norte-americana. A indústria automóvel, em particular, enfrenta um impacto significativo, com as tarifas a representarem custos adicionais de milhares de milhões de euros para construtores como o Grupo Volkswagen e a Stellantis. Governos como o alemão já defendem a negociação de quotas para o aço, procurando mitigar os danos num setor estratégico.
O acordo, embora traga um alívio temporário, deixa a economia europeia numa posição vulnerável, dependente da implementação de promessas de investimento e da complexa diplomacia comercial futura.