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Economia August 6, 2025

EUA impõem tarifa de 15% à UE, que suspende medidas de retaliação

A imposição de uma tarifa de 15% pelos Estados Unidos sobre produtos europeus marca uma nova fase nas relações comerciais transatlânticas, levando a União Europeia a suspender as suas contramedidas planeadas para evitar uma escalada de tensões. O acordo, alcançado no final de julho entre a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente dos EUA, Donald Trump, estabelece um teto único de 15% para a maioria das exportações europeias, um valor inferior aos 30% inicialmente ameaçados por Washington.

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Esta taxa abrange setores cruciais como o automóvel, embora exclua o aço e o alumínio, que permanecem sujeitos a tarifas mais elevadas.

Em resposta, a Comissão Europeia anunciou a suspensão por seis meses do seu pacote de retaliação, que previa a aplicação de taxas sobre produtos norte-americanos no valor de 93 mil milhões de euros.

A decisão foi vista como um gesto para restabelecer a "estabilidade e a previsibilidade para os cidadãos e empresas a ambos os lados do Atlântico", conforme declarou o porta-voz da UE, Olof Gill.

No entanto, a incerteza persiste.

Donald Trump já ameaçou aumentar as tarifas para 35% caso a UE não cumpra o compromisso de investir 600 mil milhões de dólares na economia norte-americana. A indústria automóvel, em particular, enfrenta um impacto significativo, com as tarifas a representarem custos adicionais de milhares de milhões de euros para construtores como o Grupo Volkswagen e a Stellantis. Governos como o alemão já defendem a negociação de quotas para o aço, procurando mitigar os danos num setor estratégico.

O acordo, embora traga um alívio temporário, deixa a economia europeia numa posição vulnerável, dependente da implementação de promessas de investimento e da complexa diplomacia comercial futura.

ai briefingEm resumo
O acordo comercial estabelece uma tarifa de 15% sobre produtos da UE, levando Bruxelas a suspender as suas contramedidas. Apesar de proporcionar um alívio temporário, a ameaça de tarifas mais elevadas e o impacto em setores-chave como o automóvel mantêm a incerteza nas relações transatlânticas.

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