A medida, anunciada pela administração Trump no final de julho, apanhou o governo suíço de surpresa, que a considerou "incompreensível".
A Presidente do Conselho Federal, Karin Keller-Sutter, afirmou que a tarifa "certamente prejudicará a economia" e revelou que o valor de 39% não foi o mesmo mencionado durante as negociações prévias.
Em resposta, o executivo helvético anunciou que iria apresentar uma "oferta mais atrativa aos Estados Unidos" numa tentativa de mitigar o impacto.
A delegação de alto nível, que inclui a própria presidente e o ministro da Economia, tem como objetivo baixar as taxas antes da sua entrada em vigor. A tarifa representa uma ameaça direta a setores de exportação cruciais para a economia suíça, como a relojoaria de luxo, o chocolate e os instrumentos de precisão.
A indústria relojoeira, em particular, reagiu com preocupação, com o CEO do Swatch Group, Nick Hayek, a instar a presidente a negociar pessoalmente um acordo melhor.
A sobretaxa, muito superior aos 15% impostos à União Europeia, coloca os produtos suíços numa desvantagem competitiva acentuada e gera uma forte incerteza nos mercados financeiros e empresariais do país.