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Economia August 6, 2025

Governo português com "reservas" sobre novo imposto europeu para o tabaco

O Governo português manifestou fortes reservas em relação a uma proposta da Comissão Europeia para rever a tributação sobre o tabaco, que visa equiparar fiscalmente os cigarros tradicionais a produtos mais recentes, como o tabaco aquecido e os cigarros eletrónicos.

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A principal preocupação do executivo é que a aplicação de uma tributação igual a produtos com diferentes níveis de nocividade possa incentivar o comércio ilícito. O Ministério das Finanças argumenta que "as formas de fumar que são menos nocivas para a saúde devem ter uma tributação menos agravada, para incentivar as pessoas que fumam a mudarem para estes produtos".

Na visão do Governo, o aumento generalizado de impostos, que levaria a um aumento do preço final, seria "um erro de política económica" com "efeitos negativos na receita fiscal" devido ao previsível aumento do contrabando.

Outra preocupação central prende-se com a proposta, inserida no novo Quadro Financeiro Plurianual (2028-2034), de transferir uma parte da receita do Imposto Especial sobre o Tabaco para o orçamento da União Europeia.

O Governo estima que esta medida poderia implicar uma "perda de receita fiscal nacional que pode atingir os 1,5 mil milhões de euros", um valor considerado "inaceitável nas atuais condições". A Comissão Europeia justifica a sua proposta com a necessidade de desincentivar o consumo, especialmente entre os jovens, e de harmonizar a tributação dos novos produtos de tabaco, que atualmente têm regimes fiscais díspares entre os Estados-membros.

ai briefingEm resumo
Portugal opõe-se à proposta da UE de igualar os impostos sobre todos os produtos de tabaco, defendendo uma tributação diferenciada baseada na nocividade. O Governo teme que a medida aumente o comércio ilícito e contesta a transferência de até 1,5 mil milhões de euros de receita fiscal para o orçamento europeu.

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