Esta política representa uma rutura com as abordagens anteriores e cria um novo paradigma para a indústria tecnológica global.
A nova taxa alfandegária, anunciada pelo Presidente Donald Trump, é uma das mais agressivas da sua política comercial e contrasta com a estratégia do seu antecessor, Joe Biden, que se baseava em incentivos financeiros para atrair investimento.
A medida contém, no entanto, uma isenção crucial: empresas que se comprometam a construir ou que já estejam a construir fábricas em solo americano não serão taxadas.
“Se [os fabricantes] estiverem a produzir nos EUA, não há qualquer cobrança”, declarou Trump.
Esta exceção beneficia diretamente gigantes como a Apple, que anunciou um investimento adicional de 100 mil milhões de dólares na indústria norte-americana, e a fabricante taiwanesa TSMC, que, segundo responsáveis de Taipé, ficará “isenta” devido aos seus investimentos no país. A política visa explicitamente trazer de volta uma indústria considerada estratégica, que nas últimas décadas se concentrou maioritariamente em Taiwan e na China.
Apesar do objetivo de reforçar a segurança nacional e a produção doméstica, a medida levanta preocupações sobre o aumento dos preços para os consumidores de uma vasta gama de produtos, desde telemóveis e computadores a equipamentos médicos e automóveis, que dependem destes componentes essenciais.